O prefeito de Anápolis Roberto Naves (PTB) se reuniu durante a semana passada com o presidente da Saneago Jalles Fontoura. Na pauta estavam as providências de curto, médio e longo prazo que a companhia resolveu tomar para não faltar mais água na cidade.

A mais audaciosa delas inclui a transposição de rio e a ampliação da atual estação de tratamento, com custos totais de R$ 118 milhões.

Conforme reportado pelo Jornal Contexto, a Saneago já iniciou a cavação de poços artesianos para abastecer bairros de regiões altas. No período de estiagem, compreendido entre agosto e início de novembro, estes são os que mais têm casas com torneiras secas.

A Saneago, porém, não garante que esses poços serão suficientes e por isso disse estar acompanhando de perto a captação de água feita por pequenos agricultores, que usam o Ribeirão Piancó para abastecer suas propriedades. Nos dois últimos anos, a estatal culpou esse tipo de ação pelo desabastecimento em Anápolis.

Transposição

Obra complexa, a transposição do Rio Capivari para o Ribeirão Piancó terá um canal de ligação compreendido em 23 km e deve ser iniciada, segundo a gerência local da Saneago, até o início de junho. A conclusão dos trabalhos deve ser feita em três meses.

O passo final para garantir o pleno abastecimento em Anápolis será a ampliação da estação de tratamento de água potável, que consumirá R$ 70 milhões do orçamento total previsto. Entretanto, essa obra só deve ocorrer no início de 2018.

Pressão

(Foto: Divulgação)

Ao falar com a imprensa sobre o encontro com o executivo da Saneago, Roberto Naves enfatizou que essa é a última chance que a cidade está dando para a estatal resolver de vez a questão da falta d’água. Caso não cumpra com o combinado, o prefeito substituirá a companhia, como prometido por ele durante a campanha de 2016.

“A Saneago deve ser cobrada pela oportunidade que pediu a cidade de Anápolis. Se não cumprir, nós vamos fazer o que precisa ser feito”, disse.