Lu Grimaldi se apresentará em Anápolis com peça sobre a única rainha que o Brasil teve
Espetáculo é interpretado por Lu Grimaldi, atriz desde 1973 e destaque em novelas como Terra Nostra e Sinhá Moça
Será apresentado no dia 27 de janeiro, no Teatro Municipal de Anápolis, o espetáculo Palavra de Rainha, peça inspirada na vida de Dona Maria I, rainha de Portugal e primeira e única monarca que houve no Brasil.
Interpretado pela atriz Lu Grimaldi, a peça já foi realizada Portugal e já recebeu dois Prêmios Qualidade Brasil.
O valor do ingresso é R$ 60 a inteira e R$ 30 a meia. As entradas estão sendo vendidas na Master Ortho Clínica, no Centro, Espaço Odontológico, no Jundiaí, e na própria bilheteria do Teatro Municipal a partir das 10h no dia da apresentação. O espetáculo tem duração de 60 minutos e a classificação é de 12 anos.
Sinopse
Alvo fácil para os estereótipos, a família real portuguesa é constantemente retratada de forma caricata no Brasil. Lu Grimaldi representa Maria I (1734-1816), a primeira mulher a assumir o trono em Portugal. A mãe de dom João VI teve a trajetória marcada por tragédias familiares e conflitos religiosos. Morreu esquecida e perturbada em um convento de carmelitas no Rio de Janeiro, dando origem ao apelido. O espetáculo é marcado por um conjunto de acertos. A dramaturgia de Roveri promove um questionamento abrangente sobre a velhice e a dependência capaz de ultrapassar a figura histórica. A aclamada atriz Lu Grimaldi brilha em uma interpretação econômica e tira proveito de um trabalho de corpo que a permite interagir com o cenário criado por Cássio Brasil. A encenação concebida por Mika revela-se de extremo bom gosto e oferece belíssimos e raros efeitos visuais.
Culta e muito religiosa, a rainha governou Portugal durante 15 anos com dedicação e prudência, tentando reverter alguns dos atos mais polêmicos do reinado do pai (D. José) e do seu primeiro-ministro, Marquês de Pombal, relata a diretora do Palácio Nacional de Queluz, Inês Ferro.
A vida privada da rainha, cujo bicentenário da morte se assinalou em 2016, foi marcada por uma sequência de eventos trágicos. À morte do marido, D. Pedro III, em 1786, seguem-se, dois anos depois, as mortes do príncipe herdeiro D. José, da filha Mariana Victória e do Arcebispo de Tessalónica, seu diretor espiritual. São duros golpes para a mente frágil da rainha que é dada como incapaz em 1792, refere Inês Ferro. Até a partida da família real para o Brasil, D. Maria viveu recolhida no Palácio de Queluz.
A rainha morreu no Rio de Janeiro aos 81 anos, em 20 de março de 1816. O seu corpo regressou para Portugal cinco anos depois, para ser sepultado na Basílica da Estrela.