Como foi o 1º dia de campanha para a Prefeitura de Anápolis na TV
Ataques sutis, apelo emocional e gente nova arriscando
Começou em plena sexta-feira (26) a propaganda partidária obrigatória na TV.
Com a nova lei do TSE, os programas focaram curtos demais para se atacar ou fazer propostas complexas. Porém, é suficiente para se formar uma primeira impressão.
A seguir, analiso como foi o primeiro dia de campanha televisiva.
Carlos Antônio (PSDB)
O radialista ex-Solidariedade começa fazendo o certo: se apresentando. Citou que, se eleito, terá apoio do governo federal e estadual. É o candidato com o 3º maior tempo de TV. Teve tempo suficiente para fazer algumas críticas a administração João Gomes. “A prefeitura parou no tempo”, disse.
O neo tucano também falou que possui “propostas realistas”, que batem com a arrecadação do município.
José de Lima (PV) e Valeriano Abreu (PSC)
Ambos tiveram passagens tão rápidas que nem foi possível fazer uma avaliação.
Roberto do Órion (PTB)
Foi o que mais acertou. Interativa, a propaganda resgata a opinião pública. Começou bem, se apresentando, mostrando o lado filantrópico e o lado empresário de sucesso. Mostrou as propostas.
Assim como Onaide Santillo em 2008, ele propôs municipalizar a água. Naquela época essa ideia era considerada ousada demais para ser factível. Hoje, com as atuais polêmicas envolvendo a empresa pública, pode gerar discussões.
Pedro Canedo (DEM)
Aparição genérica. Usou o pouco tempo que teve para fazer falas bobas.
João Gomes (PT)
Começa com vantagem, tem 50% do tempo de TV a seu dispor.
Como a população valoriza o kit “pai de família trabalhador”, ele começou se apresentando como o garoto simples e humilde, que veio de Porangatu. O atual prefeito ainda usou de um leve apelo emocional ao falar da mãe.
João Gomes reforçou o apoio de Gomide, unanimidade de aprovação.
No fim, o próprio Gomide apareceu endossando o nome de João Gomes.
(Detalhe: hoje também começou, no bairro Alexandrina, a política-velha. As ruas estão sendo fechadas para fazer a pintura de faixas e meio-fio)
Ernani de Paula (PSDC)
Falou de água. Fim. Se teve cinco segundos, foi muito.
Thales Moura é jornalista e acadêmico de Direito pela UniEvangélica.