Futilidades [das redes] sociais
Uns costumam dizer que é só para chamar atenção. Outros acham que é falta do que fazer. A minoria já acha normal. Mas o que realmente acontece para que banalidades se tornem febre na internet? Nesse caso, vemos dois tipos de pessoas: as que usam as redes para espalhar futilidades e as que usam as mesmas para criticar quem espalha.
O mais engraçado é como tais coisas tem o valor tão pequeno que são esquecidas facilmente, assim precisam inventar qualquer outra coisa que substitua a besteira anterior. Houve uma época que a moda era gif’s no Orkut e chamar atenção no MSN. O Facebook chegou para inovar e com ele, o Twitter, Snapchat, Instragam etc.
As pessoas têm necessidade de “stalkear” aos amigos virtuais para ver se a “vaca do vizinho é mais gorda” – e ainda postar tudo sobre sua vida pessoal para que os outros vejam como ela está bem, quando na verdade, todo mundo sabe que não é bem assim.
Além de se ver o tempo todo fotos de comida alheia, sapato alheio, roupa alheia, ainda existem alguns aplicativos que servem para chamar atenção como, por exemplo, o Dubsmash que apareceu e em pouquíssimo tempo só se via dublagens (malfeitas) nas redes. Quem não se lembra do vestido branco com dourado/azul com preto que em poucas horas virou discussão nacional?
Talvez a necessidade disso seja esquecer os problemas que afetam o cotidiano. O ruim é que muita gente deixa de lado suas responsabilidades para dar espaço à essas redes.
Inegavelmente é muito bom estar conectado e realmente serve como escape para o estresse diário. Mas uma hora todo mundo precisa levantar e resolver suas pendências – as que não dão para resolver pelo computador, claro. A verdade é que isso vai continuar surgindo. Novas “tecnologias” estão por vir e metade das pessoas vão viralizar, e a outra metade criticar.
É um ciclo vicioso.
De qualquer forma, usar redes sociais com cautela é também uma forma de segurança. Divulgar e-mail, número de telefone, para onde você vai ou onde você está pode causar situações desagradáveis. Então, saber usá-las é importante.
Use e abuse de discussões de cor de vestido, aproveite as dublagens, compartilha aquela comida que você achou legal, mas rede social é igual cerveja: tem que usar com moderação.
Rafaella Soares é estudante de jornalismo pela PUC Goiás. Gosta de falar sobre tudo o que dá na telha. Escreve todas as quintas-feira.