Caso do feto encontrado em banheiro da UniEvangélica ainda não foi registrado em nenhuma delegacia de Anápolis
Nenhum inquérito sobre caso do feto encontrado em um banheiro da UniEvangélica, no último dia 30/11, em Anápolis, foi instaurado até o momento pela Polícia Civil.
A reportagem do Portal 6 entrou em contato com os distritos policiais onde o boletim de ocorrência poderia ter sido registrado e a resposta de todos os delegados e escrivães ouvidos foi de que a denúncia ainda não foi apresentada.
O Portal 6 chegou a relatar que o 5º Distrito Policial, que cobre a região da UniEvangélica, deveria registrar o caso, conforme esclarecimento pela Delegacia Geral de Anápolis.
Procurada, a UniEvangelica novamente não quis se manifestar sobre o assunto.
O caso foi confirmado pelo serviço de cartório do IML de Anápolis, na terça-feira (02).
Repercussão
Alunos da UniEvangélica ficaram perplexos com o ocorrido e questionaram nas redes sociais como a instituição não percebeu que a mulher que sofreu aborto, ainda desconhecida, entrou no banheiro desativado de uma ala de um bloco atualmente interditado para reparos.
Em tempo
O aborto no Brasil, induzido fora das exceções legais, configura-se crime que pode levar a praticante a pena de um a três anos de detenção, em caso de condenação. Porém, mais além da questão legal, moral e polêmica, o aborto promove um impacto psicológico enorme na mulher, que abortando em condições insalubres corre sério risco de morte.
Em 2014, segundo o Governo Federal, cerca de um milhão de mulheres fizeram aborto, sendo que 33 foram presas após denúncia do hospital que as atenderam.