Essa é a justificativa da polícia para explicar por que Lázaro Barbosa ainda não foi preso
Autoridades afirmaram que há outras pessoas nas cercanias de Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, sob investigação por contribuir para que Lázaro escape da polícia
As buscas por Lázaro Barbosa, de 32 anos, chegaram ao 17º nesta sexta-feira (25) com a Polícia Civil de Goiás reafirmando que dois homens presos em uma chácara na região de Cocalzinho deram guarita ao criminoso nesta semana.
De acordo com o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, os dois confirmaram que o foragido passou as últimas noites lá.
“Descobrimos o esconderijo dele. [Era] uma casa com aparato de ruínas em volta, onde davam guarida pra ele depois de ele furar alguns cercos que nós fizemos.”
Foram presos o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos, e um funcionário da propriedade, Alain Reis de Santana, de 33, suspeitos de dar abrigo a Lázaro.
A reportagem entrou em contato com o advogado Ilvan Barbosa, que atua na defesa dos acusados. Ele disse que ligaria de volta, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
Com a prisão, a polícia reforça uma linha de apuração sobre a existência de uma rede de proteção ao homem acusado de matar brutalmente uma família no Distrito Federal no início deste mês.
Autoridades afirmaram que há outras pessoas nas cercanias de Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, sob investigação por contribuir para que Lázaro escape da polícia.
Coordenador da força-tarefa que mobiliza centenas de agentes, Rodney Miranda disse que a apuração busca esclarecer também se há participação das pessoas investigadas em crimes cometidos pelo foragido desde que ele fugiu de um presídio de Goiás em 2018.
O secretário afirmou que são pelo menos sete crimes, a maioria latrocínios (matar para roubar) ou homicídios, ocorrências anteriores à chacina em Ceilândia, cidade satélite do DF.
Chacina
Barbosa é acusado de ter assassinado um casal e dois filhos ao invadir uma chácara para roubar no dia 9 de junho. Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, Gustavo Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Vidal, de 15, foram assassinados no local. Os corpos estavam sob folhas para que não fossem vistos pelas buscas aéreas da polícia.
Cleonice Andrade, de 43, foi levada como refém e seu corpo foi localizado três dias depois às margens de um córrego, sem roupas. De acordo com a polícia, a vítima foi executada com tiro na nuca.
Desde então, relatos apontam que ele invadiu outras propriedades no DF e em Goiás, baleou moradores de uma chácara, fez reféns em outra. Trocou tiros com um funcionário de uma fazenda, roubou armas e veículos.
Além do quádruplo latrocínio (matar para roubar) em Ceilândia, é atribuída a ele uma tentativa do mesmo tipo penal em 2020, ao invadir uma chácara em Goiás para roubar e atingir um idoso com um machado.
Histórico
O fugitivo possui condenação por duplo homicídio na Bahia. É considerado foragido da Justiça também por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte ilegal de arma de fogo, acusação que o levou à cadeia em 2013 no DF.
Após três anos, progrediu para o regime semiaberto e fugiu da cadeia. De acordo com informação da Secretaria de Administração Penitenciária do DF, ele não retornou ao sistema após uma saída temporária.
Em 2018, Lázaro foi preso pela polícia de Goiás, mas conseguiu escapar novamente. Desde então, vinha sendo procurado pela polícia.
Existem atualmente contra ele quatro mandados de prisão cadastrados no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão), administrado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
*Com informações da Folhapress, parceria do Portal 6