Força-tarefa descobre mega esquema criminoso que deve abalar o setor de bebidas da Grande Goiânia
Desdobramentos da operação são esperados para breve e “lógica” das empresas foi o que mais chamou atenção de policiais e auditores
Um esquema não muito novo, mas com ‘descuidos’ que deixaram rastros de evidências de crimes como sonegação fiscal, receptação qualificada e organização criminosa culminou numa operação deflagrada pela Polícia Civil e auditores da Secretaria da Economia nesta sexta-feira (19).
A força-tarefa deve ter novos desdobramentos em breve, mas é possível adiantar que o meio operacional tinha um misto de sistema sofisticado com erros primário e envolve cinco gigantes de distribuição de bebidas da Grande Goiânia.
A parte mais engenhosa do esquema era emissão de notas fiscais. Muitas delas vinham de outros estados a partir das cargas roubadas, sobretudo roubadas de municípios do Triângulo Mineiro (Minas Gerais) e Mato Grosso do Sul (MS).
As notas dessas cargas eram esquentadas por empresas ‘laranjas’ próprias para isso.
O Portal 6 conseguiu saber o nome de três delas, mas manterá em sigilo a identidade dessas distribuidoras para não atrapalhar as investigações.
“Inocência”
A engenharia, digamos, ‘inocente’ do esquema que envolve R$ 20 milhões por mês está na sonegação.
Embora tenham crescido avassaladoramente como empresa nos últimos 02 anos, algumas declararam lucro de apenas R$ 437,29.
Outra alegou ter ganhado apenas R$ 266,50 como diferença entre receita e despesa.
“Chega a ser ridículo”, qualificou o diretor fiscal da receita, Adalberto de Araújo Constantino.
Outro ponto que chamou atenção era que eles vendiam, em muitos momentos, produtos a preços inferiores aos do próprio fabricante da bebida.
Para isso, guardavam esse estoque longe da freguesia comum. Dentro da loja, só permaneciam as bebidas lícitas.