A Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) divulgou uma resposta rebatendo os dados publicados em uma pesquisa do site Repórter Brasil, afirmando que a companhia fornecia água radioativa para a população de 59 cidades.

Ao Portal 6, a Saneago enviou uma nota destacando que foi encontrado um erro de conversão nas medidas utilizadas pelo levantamento, após a empresa checar cada um dos valores apresentados pelo estudo com os registrados na própria base de dados.

“É como se alguém falasse que andou mil metros e, no momento de registrar, colocasse mil quilômetros. O mesmo aconteceu com os compostos analisados”.

“Relatório do SisÁgua exige que os valores estejam expressos em miligramas por litros, mas os resultados estavam em microgramas por litro; então a diferença é grande”, destacou a nota.

Além disso, o comunicado da empresa reforçou a segurança da água oferecida à população, apontando que não há riscos para a saúde de quem utiliza os recursos hídricos.

A companhia também afirmou que segue rigorosamente a lei que regula a qualidade da água, os parâmetros que precisam ser analisados e os valores máximos permitidos.

Doenças transmitidas pela água 

Diante da polêmica, o Portal 6 questionou a Secretaria Estadual de Saúde (SES) a respeito das principais enfermidades que poderiam ocorrer na população, a partir do consumo de água não apropriada.

A pasta destacou que as principais doenças relacionadas ao consumo de água contaminada são a toxoplasmose, cólera, botulismo, febre tifoide, Síndrome Hemolítica Urêmica,  hepatite A e rotavírus.

Além disso, a SES pontuou que podem acontecer surtos de transmissão hídrica e alimentar em locais onde há consumo de recursos hídricos não tratados.

Dentre as ocorrências, a secretaria enviou um levantamento de notificações de doenças que possam ter ocorrido em decorrência da falta de saneamento.

Sendo assim, os dados preliminares registraram 33.788 casos de diarreia e 60 episódios de toxoplasmose no estado de Goiás até o dia 23 de março de 2022.