“Não fugi e não peguei o dinheiro do pessoal e fui embora”, diz Henrique Saccomori
Em nota aos “investidores”, empresário reconhece rombo e fala sobre extorsão e ameaça de morte na Itália
O rombo milionário envolvendo Henrique Saccomori e a empresa de apostas esportivas dele é, desde a quarta-feira (30), um dos principais assuntos comentados em Anápolis.
E não só por populares interessados em saber como tudo aconteceu, mas também pelas próprias ‘vítimas’ e por ele mesmo.
Em grupos de WhatsApp já repercute fortemente um vídeo em que Henrique aparece, com a voz embargada, para garantir que não pegou todo o dinheiro para fugir e que vai esclarecer tudo com a polícia.
“Não sacaneei ninguem, não peguei dinheiro do pessoal e fui embora. Eu estou indo na polícia hoje. Vou prestar todos os esclarecimentos e vou pedir proteção, porque tudo o que eu queria era estar em segurança com a minha família”, afirmou.
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Uma nota também foi enviada em nome da empresa H5 Investimentos Esportivos a todos os “investidores” para pedir desculpas e alegar que Henrique Saccomori e a família foram ameaçados em uma reunião na Itália.
“Bandidos internacionais coagiram o sócio proprietário a relatar que fosse apenas informado aos investidores que haveria uma perda financeira, ou, caso contrário, toda a sua família iria ser imediatamente morta”, diz o documento.
Consta ainda no material que a H5 pretende procurar a “polícia internacional para apurar o crime de extorsão mediante sequestro e cárcere privado” e que, “mesmo nunca prometendo lucro aos investidores, a empresa buscará a melhor forma de solucionar o caso”.
Em tempo
Na quarta (30), supostas vítimas de um “golpe de apostas” começaram a procurar a Polícia Civil em Anápolis e Goiânia para solicitar uma investigação contra Henrique por um possível estelionato.
Isso porque várias pessoas teriam investido grandes valores em apostas esportivas para alcançar lucros de até 15% em cima das quantias aplicadas.
Em áudios compartilhados à exaustão em grupos de WhatsApp, o homem reconheceu o prejuízo para os que chegaram a vender casa e carro para entrar na pirâmide financeira.
Chama atenção é que muitos caíram no esquema, inclusive donos de construtora, de rede de postos de combustíveis e até pastores.