Família leva bomba a aeroporto e causa pânico entre viajantes em Israel
Equipe de segurança detectou um objeto suspeito no scanner de bagagens
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma família norte-americana provocou terror em um aeroporto israelense quando tentaram embarcar de volta para casa com um morteiro, um tipo de granada de artilharia, não detonada na bagagem. Eles disseram que o objeto seria uma lembrança da viagem.
O episódio foi registrado na quinta-feira (28), no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, no momento em que a equipe de segurança detectou um objeto suspeito no scanner de bagagens. Quando abriram uma das malas, encontraram uma munição enferrujada, semelhante a um projétil de artilharia, embrulhada em uma sacola de plástico.
“Quando os turistas americanos chegaram para verificar sua bagagem, eles mostraram o pedaço da munição para a segurança”, disse um porta-voz da segurança do aeroporto ao jornal local The Times of Israel. “Como era um fragmento de bomba, foi anunciada a evacuação da área”.
O alerta emitido pelas autoridades deixou centenas de viajantes assustados, muitos deles acreditando que a situação foi causada por uma ameaça de um atentado terrorista.
Uma das testemunhas gravou o momento de pânico, com pessoas correndo e gritando, e outras encolhidas no chão ou tentando se proteger embaixo das mesas. O registro foi compartilhado nas redes sociais.
Um homem israelense, de 32 anos, teve que ser levado ao hospital para tratamento depois de subir em uma esteira de bagagem durante a confusão e levar um tombo.
“Houve muita gritaria. Eu apenas senti que tinha que correr para salvar minha vida”, disse ele ao jornal israelense Ynet
De acordo com a publicação, a família havia visitado as Colinas de Golan, no norte do país, onde uma das crianças encontrou a munição no chão. Sem presumir se o objeto era perigoso ou não, os turistas o colocaram na mala, com o propósito de levar para casa como uma recordação das férias.
A região por onde os viajantes passearam foi palco de violentos combates na Guerra dos Seis Dias, de 1967, e resquícios do conflito, como minas terrestres, ainda estão espalhados pelo local.
O susto generalizado no aeroporto também está associado a um recente trauma da população israelense com uma série de ataques terroristas pelo país que resultaram na morte de 14 pessoas.
Depois que a segurança descartou qualquer perigo, os viajantes foram autorizados a voltar para o terminal.
A família americana também recebeu permissão para embarcar em seu voo para os Estados Unidos após uma breve investigação, mas eles tiveram que deixar o objeto para trás.