“Não preciso de ninguém para falar por mim”, diz Gomide após ataques de Roberto
Em reação à declaração de que teria colocado fantoche no comando do PT em Anápolis, deputado rebate prefeito e cobra respeito
Em resposta à declaração do prefeito Roberto Naves (PP), o deputado estadual Antônio Gomide (PT) rejeitou a ideia de ter porta-vozes na cidade. Segundo o parlamentar, ninguém fala por ele.
Nesta terça-feira (17), em entrevista coletiva, Roberto vinculou o presidente do diretório municipal do PT, Rimet Jules, a Gomide e o classificou como um fantoche do deputado.
O ataque tem como pano de fundo uma representação levada pelo partido ao Ministério Público contra o Projeto de Lei em tramitação na Câmara de Vereadores que cria o programa ‘Meu Lote, Minha História’.
Ao Portal 6, Gomide negou qualquer orientação a Rimet. “É questão pessoal dele [Roberto Naves]. Do que ele pensa. Eu trabalho para ajudar a cidade. Não preciso de ninguém para falar por mim. Tenho trabalho na cidade de Anápolis e história. Aquilo que preciso pronunciar, eu mesmo falo”, disse.
O petista afirmou que não falou com Roberto recentemente e lamentou a postura do prefeito em atacá-lo.
“A forma como o prefeito trata um parlamentar que representa a cidade…não tem necessidade desse confronto. Não estamos disputamos nada. A cidade está acima do que, pessoalmente, nós queremos”, frisou.
“Ele se sentiu ofendido numa situação e vem me atacando de graça. Sequer conversamos sobre isso. Estranho muito essa irritação com alguém que não o atacou”, completou.
O deputado cobrou respeito e ponderou que qualquer parlamentar ou partido tem legitimidade para questionar as ações do Executivo.
“Qualquer partido pode questionar qualquer projeto. É muito comum. Projeto é para se fazer debate. A Câmara Municipal tem 23 vereadores, faz o debate, audiência pública, o MP opina. Esse destempero do prefeito é que me estranha. Devia estar acostumado com esse rito”, asseverou.
Gomide considera que a crítica de Roberto, a quem classifica como bolsonarista, vem na esteira da polarização política no cenário nacional.
“O problema da crítica ao PT é porque ele, obviamente, apoia o Bolsonaro. E temos visto uma polarização muito grande. Para se contrapor ao PT, se posiciona para se colocar contrário ao projeto que hoje lidera as pesquisas. É natural e democrático. Ele não tem identidade com os projetos que fizemos na cidade”, argumentou.