Assassinato de empresário de Anápolis completa um ano e pai cobra justiça: “família destroçada”
Caso segue sob investigação, mas ninguém está preso
Há exatamente um ano, o empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante sofreu um atentado a tiros em Anápolis e morreu, aos 38 anos. Apesar da comoção, os responsáveis ainda não foram punidos.
Alguns suspeitos chegaram a ser presos, no início das investigações, mas em pouco tempo foram liberados pela polícia.
Desde então, a família segue sem respostas, aguardando por justiça. Nesta quinta-feira (23), data que marca um ano do assassinato de Fábio, o pai dele, José Escobar Cavalcante, falou ao Portal 6 e expressou a dor pela sensação de impotência.
“Até hoje a gente tem ficado muito calado, sendo orientados pelos investigadores. Mas está na hora de tomar a decisão de abrir a boca, porque calado tem um ano que eles não resolvem, que estamos esperando uma solução”, disse.
De acordo com José Escobar, que já presidiu a Câmara Municipal de Anápolis entre 1993 e 1994, a Polícia Civil (PC) vinha trabalhando bem nas investigações, até que o caso foi transferido para Goiânia.
“Nos informaram que 70% estava concluído, que faltava só o desfecho no Judiciário. Mas como isso nunca ocorreu, não sei por qual motivo, levaram tudo para Goiânia. Daí em diante as informações ficaram mais difíceis, a não ser por bastidor”, explica.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da PC que, por meio de nota, informou que o inquérito segue em andamento, em fase adiantada.
A investigação prossegue na Delegacia Estadual de Homicídios devido à complexidade do caso, “que demanda um aprofundamento para elucidar toda a trama criminosa”.
Fábio morreu após ser baleado na frente de uma lavanderia que ele pretendia comprar. Os autores dos disparos fugiram do local.
De acordo com apuração feita pelo Portal 6, o empresário, ligado também à política, possuía diversos adversários e chegou a denunciar episódios em que teria sido vítima de ameaças. Ele deixou a esposa, um filho de 05 anos e uma filhinha de 03.
“O assassino não matou só ele, matou a família. A mãe do Fábio está a um ano deprimida. Uma família destroçada, em frangalhos”, lamenta José Escobar.
“Era um homem muito incisivo na opinião, corajoso. Falava para ele tomar cuidado. Mataram meu filho de forma cruel e covarde. Eu espero providências, espero que concluam logo”, continua.
Por fim, o pai do empresário reitera as suspeitas do crime e agradece ao apoio que ele e a família receberam da Prefeitura de Anápolis.
“Não há dúvidas de que foi encomendado. Ressalto minha indignação com um caso tão violento abafado”, afirmou.
“Agradeço ao Roberto Naves, era um irmão dele, se gostavam muito. O Fábio sempre o acompanhou, sou grato ao que ele tem feito pela família do Fábio”, concluiu.