Brechós de marcas cobiçadas internacionalmente ganham força em Goiânia
Lojas são alternativa também para quem quer vender produtos em bom estado de conservação
Adquirir produtos de marcas reconhecidas como Prada, Calvin Klein e Gucci nem sempre é algo que está dentro do orçamento do consumidor goianiense.
Com preços ‘salgados’ e que fogem da renda usual da população, o desejo em embarcar no mercado de grifes é, muitas vezes, colocado de escanteio.
Entretanto, os brechós com essa ‘pegada’ mais luxuosa é alternativa criada por alguns estabelecimentos de Goiânia pode ter colocado fim ao problema.
Com valores bem menores que os oferecidos em lojas oficiais, o comércio tem ganhado força na capital pela economia e facilidade na compra.
Ao Portal 6, a proprietária Marilene Mendes, de 53 anos, do Bazar da Couto, localizado na Alameda Couto Magalhães, no Setor Pedro Ludovico, revela que a maior parte do público recebido no local são pessoas com alto poder aquisitivo.
“A maioria das pessoas que eu recebo são mulheres advogadas, empresárias e corretoras. Elas precisam sempre estar bem vestidas e mostrar sucesso e, por isso, buscam o brechó”, afirma.
O custo benefício na hora da compra é um dos fatores decisivos para a aquisição dos itens, segundo a empresária. De acordo com ela, o valor do produto chega a ser 30% do preço original da peça – que, inclusive, recebe de doações.
“Um produto que custa normalmente R$ 300 é vendido aqui por R$ 50. São bolsas, calçados e roupas diferentes também”, confessa.
Para manter a qualidade, a escolha do catálogo é realizada de forma rigorosa. Marilene explica que as peças devem estar em boas condições para serem vendidas no local.
“A maior dificuldade é encontrar itens em boas condições. Quando chegam, são poucos. Normalmente, quando recebemos algum, já tem até encomenda por parte de cliente”, relata.
Outro comércio similar é o Mila Fashion, localizado na avenida Paranaíba, no Setor Central de Goiânia. O local oferece itens de marcas ‘luxuosas’ com preços considerados atrativos para a clientela.
“Geralmente, as peças daqui tem um custo bem menor do que os originais. É quase 80% mais barato e é bem mais em conta”, explica a dona do estabelecimento, Mila Coutinho, de 37 anos.
Diferente do Bazar da Couto, na Mila Fashion, as peças são compradas e selecionadas de acordo com as marcas, qualidade e preços estabelecidos pelos vendedores.
“Nós compramos a partir de 15 peças e selecionamos as melhores roupas e todas de marca. Armani, Calvin Klein, Gucci e Louis Vuitton são algumas das que mais saem”, diz.
De acordo com ela, o segmento tem atraído públicos de diferentes áreas se revelando uma nova forma de sustentabilidade.
“O segredo do brechó é que você consegue achar roupas que nem as melhores boutiques tem. Aqui, você consegue achar peças únicas e diferenciadas”, completa.