Este é o tempo que a falta de sexo começa a afetar o seu corpo
Ignorar a sua vida sexual e a troca de amassos pode atingir sua saúde, afetando sistemas do seu corpo e saúde mental
Você está há quanto tempo sem dar uns amassos? Será que não ter relações sexuais traz algum risco à saúde? Bom, a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade da USP, explicou para O Globo como a falta de sexo afeta o seu corpo.
“É uma questão pessoal e de livre-arbítrio. Aqueles que não querem fazer sexo por um determinado período, se não estiverem em sofrimento, não precisam se preocupar. O problema é quando se quer fazer, porém, por inúmeros motivos, como falta de oportunidade, de um local adequado ou de um parceiro, não faz e sente a necessidade daquilo. Isso causa um sentimento de vazio, um desejo descontrolado, levando a desfechos negativos”, explica a psiquiatra ao repórter Eduardo F. Filho do O Globo.
Ok, mas onde isso pode nos levar? Basicamente, essa abstinência ao sexo, de quando se tem vontade, mas não tem oportunidade, pode provocar ansiedade.
E não para por aí, progressivamente isso pode evoluir para depressão do sistema imunológico e posteriormente do sistema nervoso central.
“São várias as indagações que se passam na cabeça dessa pessoa, que acaba tendo seu quadro de saúde agravado e contribuindo para um maior período sem relações sexuais. Ela começa a se perguntar se é bonita o suficiente ou o porquê de ninguém se interessar por ela a ponto de não querer ir para a cama. Há outros desdobramentos também, como rejeitar contatos sexuais, por não ter tido êxito nas atividades anteriores e querer evitar novos vexames. É uma bola de neve, que vai ficando cada vez maior até explodir em ansiedade, depressão, vulnerabilidade imunológica e doenças físicas”, descreve a professora.
Afinal, quanto tempo a falta de sexo começa afetar o seu corpo?
A real é que de acordo com a psiquiatra esse tempo é variável. Isso significa que tudo depende da sua vida sexual.
Ou seja, uma pessoa que faz sexo ao menos três vezes por semana, começa a sentir os primeiros sinais de sofrimento depois de cerca de 30 dias sem sexo.
Já aqueles que mantêm relações espaçadas de 15 a 20 dias, ter um hiato de três a quatro meses não é algo preocupante.
Sem contar que essa frequência sexual depende de diversos fatores, como estilo de vida, saúde e libido, que, aliás, tendem a cair ao longo dos anos.
“É normal ter essa queda no número de atividades sexuais com o decorrer dos anos em razão do aumento de responsabilidade. Os adultos têm emprego, filhos, orçamento doméstico, entre outras situações que acabam tirando o sexo do primeiro plano”, encerra a psiquiatra.
*Com informações do O Globo
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