Empresas goianas estão conquistando o tão sonhado mercado internacional
Com apoio da Fieg, potencial de crescimento está atraindo empreendimentos de todos os portes
Empresas de Goiás têm avançado no processo de exportação de produtos nos últimos anos. Para os empresários do estado, cruzar as fronteiras significa diversificar mercado e, principalmente, dar um salto de competitividade ao negócio.
A chef Elaine Moura é uma das que começaram a vender para o exterior nos últimos anos. Ela é proprietária da PopCorn Gourmet, que iniciou o processo de exportação em 2018. Trata-se de uma marca jovem, que nasceu em 2015 e tornou-se uma rede de franquias no ano seguinte.
O retorno deste processo é, sobretudo, financeiro. “Estamos falando de empreender em dólar. Seu produto é muito mais valorizado”, destaca. Além disso, encontrar parceiros internacionais passa a ser rotina. “É uma vitrine para o mundo. Um distribuidor que atua contigo também pode trabalhar em outros países, e fazer essa ponte”, explica.
Apesar disso, ela garante que não deixa de priorizar o Brasil. “Estou em Miami agora, mas passo a maior parte do tempo no meu país. Sou goiana e a marca nasceu em Goiás, ainda temos muito o que crescer em território brasileiro”, avalia.
Já o empresário Jamil Pereira, que administra a Alhesco, encontrou na internacionalização um modo de driblar a concorrência. “O mercado interno na área de alimentos pode ser muito concorrido, então outras possibilidades de crescer sempre serão bem-vindas”, aponta.
O processo da Alhesco também teve início em 2018, quando Jamil participou de uma rodada de negócios promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Na ocasião, ele conheceu empresários de países da América do Sul e, desde então, já realizou negociações na Venezuela, Equador e Coreia do Sul. “Chegamos a vender 70 mil caixas de maioneses por mês, volume que ainda não alcançamos aqui”, expõe.
Facilitação
Um planejamento atento na hora de investir no exterior pode auxiliar na otimização de ganhos. É o que aponta a analista de Comércio Exterior da Fieg, Juliana Tormin. “O primeiro passo é entrar em contato conosco. Agendar o atendimento, seja para dúvida pontual ou para uma consultoria personalizada. Vamos entender a necessidade e o nível que a empresa está”, detalha.
A analista releva que interesse pela exportação, que afeta empresas de todos os portes, começou a crescer na pandemia. “Nós também começamos a oferecer esse serviço de forma mais ativa, visitando as empresas. O crescimento foi acompanhado por este trabalho”, afirma.
A contribuição da internacionalização para a economia local pode ser explicada em dois pontos, segundo Juliana. “Saindo mercadoria, entra mais moeda, o que é excelente para as finanças do estado. Quando a empresa começa a exportar trazer novas tecnologias no design e em outros processos produtivos”, informa.