Com a ambição de se tornar a cidade mais arborizada do mundo, Goiânia tem outro grande desafio ambiental para enfrentar: a quantidade de entulho descartado pela população em áreas públicas. Só neste ano já foram mais de 664 mil toneladas, segundo o balanço mais recente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).

Ao Portal 6, a pasta revelou que encontra de tudo – fogões, vasos sanitários, animais mortos, colchões, camas, armários e resíduos de todos os tipos. O item mais inusitado, no entanto, foi um caixão vazio, que foi abandonado em uma área pública da capital.

Apesar da quantidade de artigos curiosos, o topo da lista dos mais recolhidos continua sendo os restos da construção civil. Mais de 360 mil toneladas de entulho foram retiradas das vias nos primeiros oito meses do ano. O lixo orgânico não fica muito atrás: 288 mil toneladas só em 2022. Já os materiais recicláveis contabilizaram quase 17 mil toneladas no período.

A Comurg alerta que quem faz o descarte irregular de lixo, considerado crime ambiental, pode ser penalizado. O valor da multa varia de R$ 5 mil a R$50 milhões, dependendo do dano ambiental. Cerca de 3 mil notificações administrativas são aplicadas, por mês, para coibir esse tipo de prática. Destas, 80% são atendidas pela população, que tem três dias para levar o material para o local indicado pela companhia.

No caso de móveis, eletroeletrônicos domésticos e outros resíduos, o cidadão que não tem onde descartar o item pode acionar o Cata-treco, que é vinculado à coleta seletiva. O prazo para recolhimento, todavia, pode levar até 20 dias.

O serviço deve ser reforçado no próximo dia 19, data em que a Comurg prepara mais uma maratona de limpeza da cidade. Como na última ação, que durou trinta dias consecutivos, o município deve incrementar o recolhimento e atividades como a capina, limpeza de lotes, poda de árvores e roçagem.