Conheça a Equatorial, empresa que irá substituir a Enel na distribuição de energia em Goiás
No ranking da Aneel, que avalia prestação do serviço no país, empresa apresenta variações constantes nos estados em que atua
Com a venda da Celg-D, da Enel, para a Equatorial, muitos goianos aguardam com ansiedade perspectivas de melhora no serviço de distribuição de energia elétrica. Desconhecida no Centro-oeste, a distribuidora atua em seis estados brasileiros e tem oscilado nas avaliações do serviço.
A Equatorial está presente no Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá. Trata-se do terceiro maior grupo de distribuição do país em número de clientes, atendendo cerca de 10 milhões de pessoas.
A prestação de serviço da empresa, porém, varia conforme o ano e o estado no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que avalia as melhores distribuidoras do país. No Maranhão, por exemplo, onde a empresa está há mais tempo, desde 2004, a distribuição já chegou a ser a melhor do país nos anos de 2015 e 2016.
Apesar disso, desde 2019, a empresa apresentou quedas significativas. Ficou em 8º lugar naquele ano e, em 2020, viu a avalição despencar para a 28ª colocação, sendo a segunda pior distribuidora do país. Com o resultado, a Equatorial ficou atrás da Enel, que esteve em 27ª posição.
No Pará, por outro lado, a distribuidora saltou do 33º, registrado em 2012, para ser a segunda melhor distribuidora de energia do Brasil em 2019. Ela se manteve na colocação no ano seguinte, porém, em 2021, caiu para o 7º lugar.
Chancela e transição
Agora, o acerto vai ser analisado pela Aneel e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). É o que explica o advogado Gill Marcos de Oliveira, presidente da Comissão de Direito Especial de Energia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seccional Goiás.
Para ele, a aprovação do acordo tem cenário favorável. “Acredito que será autorizado em função da Enel não ter conseguido atingir o mínimo das metas para 2021 e não tem condições de atingir em 2022. Esses baixos índices vão facilitar a transferência para a Equatorial”, avalia.
O especialista destaca que a transição vai ocorrer paulatinamente, ou seja, a Equatorial vai assumir em conjunto com a Enel até ter o controle total da concessão. “Para o consumidor, o que pode ocorrer será somente demora nas respostas às solicitações, pois as empresas atuam de forma diferente”, alerta.
Todo o processo será fiscalizado pela OAB Goiás, por meio da comissão especializada. A entidade deve, ainda, sugerir melhoras e cobrar que os índices de fornecimento e continuidade sejam respeitados.