De PT a Bolsonaro: o voto de Anápolis nas eleições presidenciais dos últimos 20 anos
Cidade, que costuma apoiar o governador eleito, nem sempre passa bons presságios aos candidatos à presidência
Ao longo dos últimos 20 anos, Anápolis se alternou no apoio a presidenciáveis. Se em 2018 o atual presidente Jair Bolsonaro teve maciço apoio no município, lá atrás o PT venceu na cidade.
De 2002 para cá, no entanto, o antipetismo cresceu e se consolidou. Embora nomes do PT tenham se elegido em quatro pleitos, os anapolinos só deram maioria aos petistas uma única vez.
Até mesmo na vitória de Lula, em 2002, o eleitorado ficou dividido. O petista recebeu 51.678 votos, enquanto o adversário José Serra (PSDB) obteve 44.971, seguido por Anthony Garotinho (PSB), com 34.326.
Em 2006, Lula foi reeleito nacionalmente recebendo 60% dos votos válidos. No entanto, se as eleições dependessem apenas de Anápolis, o vencedor teria sido Geraldo Alckmin (PSDB), que recebeu 54,11% dos válidos.
Novamente, os anapolinos tentaram se desvencilhar do PT em 2010 e deram apoio a José Serra (PSDB), que alcançou 57,85% dos votos válidos no município. Porém, num pleito decidido no 2º turno, a candidata Dilma Rousseff (PT) se tornou a primeira mulher a assumir a presidência do Brasil.
Enquanto no cenário nacional a votação de 2014 estava acirrada, em Anápolis, Aécio Neves (PSDB) teria ganhado com folga. Por aqui o tucano recebeu 68,76% dos votos válidos. Nacionalmente, contudo, Dilma Rousseff foi reeleita.
Depois de três eleições consecutivas votando com a “oposição”, o eleitorado anapolino contribuiu para a eleição de um presidente. Em 2018, Jair Bolsonaro (PSL) recebeu 79,71% dos votos válidos no segundo turno e derrotou Fernando Haddad. O apoio no município foi muito superior aos 55,13% que o presidente obteve a nível nacional.
O histórico de alternância entre vitórias e derrotas contrapõe a tendência dos eleitores de Anápolis em votar majoritariamente no candidato que vence a corrida ao Governo de Goiás, como mostrou o Portal 6.