A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) criou uma força-tarefa para enfrentar o período chuvoso nos próximos meses. Com a operação ‘Nordeste Solidário’, a pasta espera evitar situações como as vistas no ano passado, quando mil famílias ficaram ilhadas na região.

A Operação Nordeste dará atenção especial aos municípios classificados com alto grau de risco, com base em estudos da Defesa Civil e do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo).

Segundo o órgão, somente em dezembro, a previsão é que as chuvas cheguem a 500 milímetros em 70 municípios das regiões Centro, Norte e Nordeste.

Nos meses que antecederam a chegada das chuvas, a manutenção da Goinfra realizou serviços preventivos, como vistoria e construção de bueiros e pontes; roçagem, revitalização de sistemas de drenagem, operação tapa-buraco, recuperação de pavimentos asfálticos, assim como terraplenagem em trechos em leito natural. Pontos críticos foram mapeados e receberam o reforço do trabalho de conserva.

Com a chegada das chuvas, esse trabalho segue em regime de plantão. São mais de 40 grupos com profissionais que monitoram as condições da malha viária – incluindo pontes e bueiros – e executam os serviços necessários para assegurar a trafegabilidade nos 21 mil quilômetros de rodovias, além de atender as demandas apresentadas pelos usuários.

A Goinfra também está implantando sinalização de alerta em trechos suscetíveis a alagamentos ou que possam representar maiores riscos aos motoristas durante as tempestades. A Agência contará com a parceria do Comando de Policiamento Rodoviário (CPR), que já mantém 36 bases fixas de atendimentos nas rodovias.

Os usuários podem acionar as equipes de manutenção da Agência pelo próprio celular, com o Goinfra App, aplicativo disponível gratuitamente. A ferramenta permite o envio de dados, fotografias e a localização do trecho afetado da rodovia, diretamente à área técnica.

Problemas em 2021

No fim do ano passado, as fortes chuvas que atingiram a região destruíram estradas e acessos a várias cidades e, sobretudo, povoados. Com isso, milhares de famílias ficaram ilhadas.

O abastecimento de alimentos e suprimentos básicos, como remédios, ficou comprometido pela dificuldade e até impossibilidade de se chegar a determinados assentamentos.