As festas de final de ano são sempre ansiosamente aguardadas por milhares de brasileiros que contam os dias para a sua chegada. No entanto, muitos não sabem que a época pode acabar trazendo a perigosa síndrome do coração festeiro.

Acredite, o nome pode até parecer ser algo descolado, mas a realidade por trás dela não tem absolutamente nada de positivo, podendo acarretar em graves prejuízos para a saúde.

Um estudo desenvolvido por cientistas suecos publicado no The British Medical Journal revelou que a síndrome ocorre com mais frequência durante as tão amadas festividades de Natal e Ano Novo.

Uma notícia triste é que os maiores problemas se encontram justamente no fato da época ser marcada por excesso de comilança e pela saída repentina da dieta agregada com um alto consumo de álcool.

Inclusive, a síndrome do coração festeiro por muitas vezes é até mesma confundida pelos pacientes desavisados com uma simples ressaca pelos exageros cometidos no dia anterior.

Conheça a síndrome do coração festeiro que pode ser perigosa neste final ano

A nomenclatura “síndrome do coração festeiro” foi desenvolvida em 1978 pelo pesquisador Philip Ettinger, juntamente com a equipe que com ele trabalhava da CMDNJ-New Jersey Medical School (EUA).

A descoberta foi feita pelos profissionais após analisarem cerca de 32 internações, ocorridas em hospitais distintos, e assimilarem que com o aumento do consumo de álcool ocorrido durante as festas, aumentava consideravelmente o número de pessoas com problemas cardiovasculares que buscavam por ajuda médica.

Basicamente, a síndrome consiste em distúrbios do batimento cardíaco que quando não tratados corretamente, podem acarretar em problemas ainda maiores.

Como já adiantado, a problemática está associada com o consumo excessivo de álcool e para além disso, também possui relação com a ingestão de alimentos salgados e vivência de fortes emoções.

Tendo como sintomas batimentos cardíacos lentos ou acelerados, tontura ou vertigem, dor ou pressão na região do peito, suor, falta de ar e cansaço excessivo, o desenvolvimento de arritmia é apenas um dos estorvos que a síndrome do coração festeiro pode gerar.

Principalmente pessoas diagnosticadas com diabetes correm um risco ainda maior de por conta dos excessos cometidos nas festas, sofrerem também com retenção hídrica, crise hipertensiva, ou até mesmo com um infarto.

Uma característica curiosa é que em grande parte dos casos, a síndrome atinge pessoas que antes eram consideradas saudáveis, ou seja, aquelas que não contavam com histórico familiar negativo e nem mesmo possuíam um histórico pessoal de doenças cardíacas.

Sintomas perigosos 

Frequentemente os pacientes com o diagnóstico apresentam modificações no ritmo das batidas do coração, como a mais comum neste caso, a fibrilação atrial.

No entanto, é importante ficar de olhos abertos, pois existem casos de pessoas com a síndrome do coração festeiro que simplesmente não contam com nenhum sintoma.

É importante ainda se atentar ao fato de que os batimentos irregulares podem acarretar em problemas muito piores, como é o caso da insuficiência cardíaca ou do Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Por conta disso, é essencial buscar por uma ajuda médico caso a arritmia simplesmente dure por horas, ou ainda mais caso ela não venha sozinha, trazendo consigo sintomas como dificuldade para respirar, dor no peito, tontura e perda de consciência.

Como evitar o problema 

Se você não quer que a suas festas de final de ano sejam interrompidas por problemas de saúde, é possível tomar alguns cuidados básicos para evitá-los.

De acordo com a Fundação Espanhola do Coração, a síndrome do coração festeiro pode ser evitada ao evitar o consumo repentino e excessivo de álcool, ao driblar aqueles alimentos gordurosos e refeições pesadas, ao praticar atividades físicas, manter uma hidratação adequada, além de deixar de fumar.

Por isso, aproveite bem a época de festas, mas em nenhum momento se esqueça que é preciso ter moderação na hora da curtição.

Aviso: Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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