Vivian e Roberto falam sobre denúncia do MPE: “nossa vitória mexe com muita gente”
Em entrevista ao Mais Goiás, o casal também qualificou a ação do órgão como “denuncismo” e garante que estão “tranquilos com a lisura do processo”
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP), e a deputada estadual eleita Vivian Naves (PP) se pronunciaram nesta quarta-feira (28) sobre a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), que os acusa de abuso de poder político.
Em entrevista ao site Mais Goiás, a primeira-dama afirmou que há um “incômodo” de adversários políticos com o resultado das urnas.
Vivian argumentou que “a forma como se deu nossa vitória mexe com muita gente em Anápolis e, por isto, tentam macular um processo eleitoral limpo, onde a população de Anápolis e de todo o estado nos agraciou com uma votação histórica.”
A denúncia partiu do MPE a partir do relato de servidores comissionados. A peça, que aguarda parecer de admissibilidade do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), não cita outros partidos ou agentes políticos como denunciantes.
O prefeito, por sua vez, criticou o que chamou de “denuncismo” do MPE e defendeu a legalidade da campanha da esposa. “Temos total tranquilidade sobre a lisura do processo de eleição da Vivian para o cargo de deputada estadual”, frisou.
Ele ainda disse que a investigação comprovará que não houve irregularidades e reafirmou que há ‘incômodo’ de adversários. “Temos certeza que o MPE vai apurar todos os fatos e confirmar a integridade desta vitória que tanto tem incomodado a oposição ao nosso grupo político.”
A peça pede a cassação do registro de candidatura de Vivian, e consequente perda do diploma, e a inelegibilidade de Roberto por oito anos.
Denúncia partiu de servidores
A denúncia apresentada pelo MPE à Justiça Eleitoral partiu de relatos de servidores que estavam incomodados com o que classificaram como coação para fazer campanha para Vivian durante a eleição sob pena de demissão.
Eles entregaram prints e áudios aos investigadores que mostram pressão para que eles atuassem em grupos que panfletavam e faziam visitas em casas de Anápolis para promover a candidatura da primeira-dama.
De acordo com a denúncia, os servidores funcionavam como cabos eleitorais, embora fossem tratados como voluntários.
Mesmo aqueles que tinham filhos ou outros afazeres, conforme relatos anexados pelo MPE, eram escalados e coagidos a trabalhar pelo nome da então candidata a deputada estadual.