Apoiadores lulistas ainda podem ir à posse de graça ou pagando contribuição saindo de Goiânia; saiba como
Clima entre militantes é de animação, esperança e medo; muitos chegaram a desistir diante de ameaças de radicais bolsonaristas
No próximo domingo (1º), pelo menos 50 caravanas saem de Goiânia e Região Metropolitana para assistir a posse presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília. A tendência é que pelo menos 2 mil moradores dessa região marquem presença na capital federal durante o evento.
Segundo a organização, ainda há vagas para quem decidiu participar da posse de última hora. As solicitações podem ser feitas a lideranças do PT pelas redes sociais até às 23h59 desta sexta-feira (30).
Ainda há vagas gratuitas, entretanto, somente às pessoas ligadas ao partido ou aos movimentos sociais. No mais, será cobrada uma espécie de contribuição, cujo valor não foi divulgado. A data final se dá para cumprir o prazo definido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o envio da lista com os nomes e número de passageiros.
As caravanas sairão de Goiânia às 6h no domingo. Elas terão pontos de partida espalhados pela cidade como a Praça Universitária, no Setor Universitário, e a Praça dos Trabalhadores, no setor Central.
Inicialmente estava prevista a mobilização de 140 ônibus. Porém, segundo Fábio Júnior de Oliveira, um dos organizadores, a equipe da posse não conseguiu arrecadar recursos o suficiente para arcar com as despesas dos apoiadores que irão se deslocar até Brasília.
De acordo com ele, o clima entre os militantes é uma mistura de alívio com preocupação pelas ameaças de radicais bolsonaristas, que não aceitaram o resultado das urnas. “Sobre a segurança, confiamos nas instituições e na polícia que vai resguardar nossas vidas. Sem dúvidas, o sentimento é de esperança e animação”, conta.
Contudo, Fábio revela ao Portal 6 que o receio de ataques fez com que alguns participantes desistissem de viajar na última semana. “A maioria das primeiras desistências foi de pessoas mais velhas ou que estavam indo sozinhas e ficaram com medo de algum atentado”, relata.