Protesto contra governo socialista reúne dezenas de milhares em Madri
Convocada por cerca de cem associações e grupos da sociedade civil, a manifestação defendia bandeiras da direita e contou com representantes de políticos do Partido Popular, o Vox e o Cidadãos
Mais de 30 mil pessoas, segundo dados oficiais, ou meio milhão de pessoas, segundo os organizadores do evento, se reuniram ao meio-dia deste sábado (21) na praça Cibeles, em Madri, para protestar contra o governo socialista de Pedro Sánchez.
Convocada por cerca de cem associações e grupos da sociedade civil, a manifestação defendia bandeiras da direita e contou com representantes de políticos do Partido Popular, o Vox e o Cidadãos.
Sob o lema “Pela Espanha, pela democracia e pela Constituição”, os manifestantes reclamaram que Sánchez coloca a democracia em risco. Segundo eles, o governo estava sequestrando instituições, libertando terroristas do ETA (organização do País Basco) devido a revisões do Código Penal e diminuindo penas de condenados após a entrada em vigor da nova lei de agressão sexual.
“Não se trata de esquerda, direita ou centro, mas de não permanecer impassível perante a grave erosão das nossas instituições, a deterioração da nossa democracia e o enfraquecimento do nosso Estado”, anotou o manifesto do protesto.
O único político de expressão nacional presente foi o presidente do partido de ultradireita Vox. Santiago Abascal disse estar convencido da “necessidade de uma mobilização permanente e massiva até a expulsão do autocrata Pedro Sánchez do poder”.
Segundo ele, o protesto foi contra “o pior governo da história” da Espanha, que “pisou na Constituição ao prender os espanhóis”, referindo-se à quarentena durante a pandemia, enquanto liberta “estupradores, terroristas e golpistas”.
Para os organizadores, as recentes mudanças no Código Penal mostram que o governo está “adaptando” as leis para que criminosos saiam às ruas. Isso seria um primeiro passo de um plano “oculto e de largo alcance” para realizar “mudanças constitucionais ilegítimas”.
Sánchez respondeu dizendo que a manifestação foi feita por cidadãos nostálgicos. “Eles defendem uma Espanha quebrada, uniforme e excludente”, disse o premiê. “Somos uma maioria de espanhóis que querem uma Espanha unida, em convivência, que respeite a diversidade e avance em direitos e prosperidade.”