“Minha mãe faleceu sem saber que esse rapaz estava preso”, diz irmã de homem assassinado em bar de Anápolis
Crime aconteceu em novembro de 2010 e acusado terá que cumprir 19 anos e três meses de reclusão
Alívio. Esse é sentimento da dona de casa Ionara Placídio, de 31 anos, sobre a condenação de Renato Francisco das Chagas, acusado de matar o irmão dela, Rodrigo Placídio Santos, a tiros dentro de um bar em Anápolis, no dia 27 de novembro de 2010.
Ao longo desses quase 13 anos, ela – juntamente com a família – afirma que, por diversas vezes, tentou encontrar informações sobre o paradeiro do suspeito. No entanto, desde então, os familiares viveram uma espécie de limbo, sem atualizações sobre o caso – situação que foi alterada nesta quarta-feira (01º), após a divulgação da decisão.
Contudo, nem todos os integrantes puderam ter essa mesma sensação. Uma delas foi a mãe de Rodrigo, Ione Roberta Pereira, que faleceu há um ano e quatro meses.
Em entrevista ao Portal 6, Ionara afirma que a mãe tinha expectativa de que o rapaz fosse localizado e, posteriormente, penalizado pelo crime.
“A minha mãe faleceu sem saber que esse rapaz estava preso. Ela tinha esperança que um dia a justiça seria feita. Ela e o meu pai sofreram muito com tudo”, relembra.
Apesar de comemorar a decisão, ela também critica a demora das autoridades para resolver o crime e o tempo de reclusão estipulado pela Justiça.
Ao todo, Renato Francisco terá que cumprir 19 anos e três meses, o que, para ela, ainda é pouco se comparado às consequência do ato.
“Espero que ele continue preso porque 19 anos é muito pouco para quem cometeu esse crime. Para quem tirou a vida de quem nunca mais vai estar aqui, para quem nunca mais vai ver os três filhos. Ele [Rodrigo] tem uma neta, de 10 meses, mas não teve a oportunidade de conhecer ela. Eles mataram uma pessoa sem culpa por ciúmes”, afirma.
Agora, de acordo com Ionara, a expectativa é que um outro rapaz, suspeito de ajudar Roberto na fuga, também seja penalizado pela ação.