Macron pede que rei Charles 3° adie viagem à França após violência em protestos
Decisão foi tomada após anúncio de mais mobilizações contra reforma na previdência
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A visita do rei Charles 3º à França programada para os próximos dias foi adiada a pedido do governo francês na manhã desta sexta-feira (24).
De acordo com o Palácio do Eliseu, a decisão foi tomada em conjunto com o governo britânico. Ela se dá depois do anúncio por parte dos sindicatos de que a próxima terça-feira terá mais mobilizações nacionais contra a reforma da Previdência – o monarca ainda estaria no país na data.
As manifestações foram palco de uma escalada na violência na noite desta quinta. Mais de 450 manifestantes foram detidos, e 441 membros das forças de segurança foram feridos durante os atos, que reuniram 1 milhão de pessoas segundo o Ministério do Interior. O chefe da pasta, Gerald Darmanin, afirmou em entrevista ao canal CNews que só em Paris foram contabilizados 903 focos de incêndio.
Emmanuel Macron, o presidente francês, esperava que a visita do rei Charles marcasse o início de um novo capítulo das relações de sua nação com o Reino Unido após anos de tensão pós-brexit. Esta seria a primeira viagem oficial do novo monarca britânico ao exterior.
O itinerário incluía eventos no Museu D’Orsay e no Arco do Triunfo, além de um banquete no Palácio de Versalhes antes de Charles viajar à Bordeaux, cidade no sudoeste famosa por suas vinícolas, de trem. Manifestantes atearam fogo à enorme porta de entrada da sede da Prefeitura local na noite desta quinta.
O governo francês afirmou que a viagem será remarcada assim que possível. Uma fonte do Palácio de Buckingham afirmou à Reuters que a ida do monarca para a Alemanha, a princípio segunda parada da viagem, será mantida.