Acusados de matar a jovem Ariane Bárbara são condenados a 14 e 15 anos de prisão
Raissa Nunes e Jeferson Cavalcante responderam por homicídio qualificado por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima
Dois anos e cinco dias após o assassinato de Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos, em Goiânia, os jovens Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues foram condenados pelo crime. O julgamento aconteceu na terça-feira (29).
O processo, formado por júri popular, foi presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e teve, ao todo, cerca de 14 horas de duração.
Na sentença, Raissa Nunes foi condenada a 14 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima e mais 01 ano por ocultação de cadáver, totalizando 15 anos de prisão.
Já Jeferson Cavalcante foi condenado a 13 anos de reclusão por homicídio qualificado e mais 01 ano por crime de ocultação de cadáver, ou seja, uma pena total de 14 anos.
A acusação contra os jovens foi sustentada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), representado pelo promotor Maurício Gonçalves de Camargos, e contou com o assistente de acusação Leandro Henrique Zeidan Vilela de Araújo.
Durante o júri popular, Raissa confessou o crime, pediu perdão para a mãe da vítima, Eliane Laureano, e chegou a afirmar que “pediu a Deus para trazer Ariane de volta”.
“Não tem provas minhas, digitais, mas a minha consciência não me permitiu eu não falar a verdade, me falaram para não falar, mas eu não conseguiria continuar mentindo. Todo mundo que sabe da minha história falou pra mim não falar a verdade”, disse.
Além deles, um outro jovem, chamado Enzo Jacomini Carneiro Matos, foi julgado em março deste ano e condenado a 15 anos de prisão pela participação no crime.
Relembre o caso
O assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira aconteceu no dia 24 de agosto de 2021, após a jovem avisar a mãe de que sairia para se encontrar com alguns amigos para lanchar.
A menina ficou desaparecida por sete dias e foi encontrada morta em uma mata do Setor Jaó, em Goiânia, no dia 31 de agosto.
Logo no início das investigações, foi descoberto que o crime havia sido planejado por três amigos, sendo um deles menor de idade, numa espécie de ritual.
De acordo com a polícia, o objetivo da ação, era descobrir se Raissa Nunes, era ou não uma psicopata.
Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPGO), Raíssa, Jeferson, Enzo e uma menor teriam atraído a vítima para o veículo, sob argumento de que iriam comer um lanche.
Na ocasião, por volta das 21h, já dentro do automóvel, Raissa teria tentado estrangular Ariane, mas a força aplicada não foi suficiente para cometer o crime.
Logo em seguida, Enzo teria trocado de assento com a colega e passou a enforcar a vítima pelas costas, ocasionando um desmaio.
Depois, Raissa teria retornado ao banco traseiro e, juntamente com uma outra adolescente, pegou uma faca e efetuou diversos golpes que resultaram na morte de Ariane.
Após o assassinato, Jeferson parou o veículo para que Raissa e a menor colocassem o corpo da mesma no porta-malas e, depois, abandonou o cadáver da menina em um matagal, no Setor Jaó.